ATA DA VIGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO SOLENE DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 14-10-1999.
Aos quatorze dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e noventa e nove reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezenove horas e quarenta minutos, constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, em homenagem aos cento e noventa e um anos do Banco do Brasil, nos termos do Requerimento nº 201/99 (Processo nº 2907/99), de autoria do Vereador Adeli Sell. Compuseram a Mesa: o Vereador Isaac Ainhorn, 2º Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos; o Vice-Prefeito José Fortunati, representando o Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Senhor João Verle, representando o Senhor Governador do Estado do Rio Grande do Sul; o Senhor Eduardo Burgos, Superintendente Estadual do Banco do Brasil; o Senhor Nilton Rodrigues Paim, representando a Universidade Federal do Rio Grande do Sul; o Coronel Irani Siqueira, representando o Comando Militar do Sul; o Senhor Sérgio Rosa, Presidente da Confederação Nacional dos Bancários; o Deputado Estadual Edson Portillo; o Senhor Clovis Ilgenfritz, Secretário de Estado de Coordenação e Planejamento; o Vereador Adeli Sell, 1º Secretário deste Legislativo. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem à execução do Hino Nacional e, em continuidade, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Adeli Sell, em nome das Bancadas do PT, PDT e PMDB, saudou o transcurso dos cento e noventa e um anos do Banco do Brasil, afirmando que hoje homenageamos uma instituição cuja história está vinculada à história do País, sendo um organismo básico para a garantia do crescimento brasileiro, através do apoio aos pequenos produtores e a todos aqueles que realmente buscam o desenvolvimento nacional. O Vereador João Carlos Nedel, em nome da Bancada do PPB, declarou desempenhar o Banco do Brasil o papel de principal instrumento financeiro da União, defendendo as manutenção desse papel, por meio de priorizações a empreendimentos geradores de emprego e renda, com o incentivo à multiplicação de pólos de desenvolvimento regionais e a execução eficaz dos programas articulados pelas áreas sociais do Governo Federal. Após, foi ouvido número musical apresentado pelo Grupo de Música Nativa Os Posteiros, integrado por funcionários aposentados do Banco do Brasil. Em prosseguimento, o Senhor Presidente registrou a presença, como extensão da Mesa, de dirigentes da Central Única de Trabalhadores, do Sindicato dos Bancários, da Federação dos Bancários, da Associação Atlética Banco do Brasil e da Associação de Aposentados do Banco do Brasil. Também, registrou o recebimento de correspondência alusiva à presente solenidade, de autoria do Senhor Gerson Almeida, Secretário Municipal do Meio Ambiente; dos Deputados Federais Darcísio Perondi, Aírton Dipp e Paulo Paim; e do Senhor Luiz Fernando Tubino. A seguir, o Senhor Presidente concedeu as palavra aos Senhores Sérgio Rosa e Eduardo Burgos, que analisaram o significado dos bancos públicos para o desenvolvimento de um país, discorrendo sobre a história do Banco do Brasil e ressaltando a importância da homenagem hoje prestada pela Casa ao transcurso dos cento e noventa e um anos dessa instituição. Em continuidade, foi apresentado número artístico pelo Grupo de Cultura Gaúcha Rancho Posteiro, da Associação Atlética Banco do Brasil. Em continuidade, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem à execução do Hino Rio-Grandense, agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos às vinte e uma horas, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Adeli Sell e Isaac Ainhorn e secretariados pelo Vereador Adeli Sell. Do que eu, Adeli Sell, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn): Estão
abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a homenagear os 191
anos do Banco do Brasil.
Convidamos para compor a Mesa o Sr. Eduardo Burgos, Superintendente
Estadual do Banco do Brasil; Sr. José Fortunati, Vice-Prefeito desta Cidade,
representante do Sr. Prefeito Municipal; Sr. João Verle, que preside o Banco do
Estado do Rio Grande do Sul, representante do Sr. Governado do Estado do Rio
Grande do Sul; Prof. Nilton Rodrigues Paim, representante da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul; Cel. Irani Siqueira, representando o Comando
Militar do Sul; Sr. Sérgio Rosa, Presidente da Confederação Nacional dos
Bancários e o Deputado Estadual Edson Portilho.
Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.
(Executa-se o Hino Nacional.)
Nós temos a honra nesse momento em que prestamos homenagem a esta
Instituição que se constitui num patrimônio nacional, de registrarmos a
importância dessa oportunidade, da marca que esta Casa, a partir de uma
iniciativa do Ver. Adeli Sell, que teve a aprovação unânime dos seus Pares para
a realização desta Sessão Solene. Creiam todos os senhores, que a luta do nosso
povo e da nossa gente tem sido permanente na preservação desta Instituição que
tem para todos nós um valor extraordinário, e que em muitos momentos já sofreu
sérias ameaças na sua existência. No entanto, a extraordinária vigilância das
forças vivas desta Nação, de seus funcionários, e do conjunto da sociedade
brasileira, tem-se impedido esta situação, por vezes de ameaça, que essa
Instituição já sofreu no curso dos seus cento e noventa e um anos, e sobretudo
nos últimos tempos.
Nós neste momento, então, agregamos e acrescentamos que mais do que
nunca se impõe homenagens a exemplo do que esta Casa presta ao Banco do Brasil.
E quero também, Sr. Superintendente, senhores representantes dizer que ainda,
ontem, o Deputado Federal Alceu Collares me transmitia o pedido de representá-lo
numa manifestação pessoal em seu nome o que eu faço nesse momento, como
Vereador do meu Partido, uma vez que é do PDT, e uma vez que o Ver. Adeli Sell,
falará em nome das Bancadas do PT, do PDT e do PMDB.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra em nome da Bancadas do PT, PDT e
do PMDB.
O SR. ADELI SELL: (Saúda os componentes da
Mesa.) Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Senhoras, Senhores, Bancários, Bancárias do Banco do Brasil,
Aposentados, Aposentadas. Eu tenho o privilégio, nesta Casa, de ter apresentado
essa proposição para que todos nós, juntos, nessa data, possamos homenagear o
Banco do Brasil. Inicialmente, eu pensava em trazer um rol de dados, de
informações, um pouco da história do Banco, mas eu repensei o meu discurso. As
senhoras e os senhores conhecem o Banco do Brasil. A sociedade brasileira
conhece o Banco do Brasil. O Banco do Brasil, o BB, a sua marca, a sua
logomarca, já é a própria história do Banco, fala por si. Então, nesta
homenagem, que é parte da história recente do País e é a parte do grande
desenvolvimento econômico-social dessa Nação, está representado no Banco do
Brasil. Público, sempre! É disso, fundamentalmente, que creio que, hoje, nós
devemos falar. O Banco teve tropeços, avanços, recuos, muitas vezes por
imposições de governos, mas, independentemente dos governos, o Banco tem um
moto próprio, porque ele tem os seus funcionários, que vestem a camisa, que têm
um trabalho militante, que tem a sociedade civil brasileira que acredita nas
suas instituições. É uma instituição que nós estamos homenageando. A
Instituição Banco do Brasil.
É uma história, como eu disse, vinculada à história do País, ao seu
desenvolvimento, aos rumos que muitas vezes, governos quiseram e conseguiram
dar e nós, independentemente dessa ou daquela visão político-partidária, temos
que nos irmanar pelo bem-estar da Nação, pelos nossos pais, avós, porque hoje
se fala muito em aposentadoria, talvez não seja a palavra ideal para expressar
aquele período de vida importante para todos nós, que é depois de anos e anos
de labuta. Nós queremos falar de nós, sejamos funcionários do Banco, sejamos
professores, sejamos lavradores, agricultores do interior do Estado e queremos
falar muito mais dos nossos filhos e dos nossos netos, porque o rumo que o
Banco tiver e que nós tomarmos, pode definir aquilo que foi um pouco do passado
do trabalho dos nossos avós, dos nossos pais. A garantia do seu bem-estar, de
hoje e de amanhã; o nosso futuro, mas fundamentalmente, o futuro dos nossos
filhos, dos nossos netos, aqueles que ainda virão. O Banco precisa olhar para o
pequeno agricultor, precisa olhar com carinho. Eu sei que os seus principais
dirigentes, meu caro Eduardo, meu caro Sérgio Rosa, meu caro Fortunati,
funcionário do Banco, nós precisamos olhar para essa parcela significativa da população.
Ela que coloca alimento nas nossas mesas. Precisamos olhar para o pequeno
empreendedor, que não encontrará na ganância dos juros altos dos bancos
privados, a necessidade, a possibilidade de um financiamento para gerir, para
levar adiante o seu empreendimento.
Meu caro João Verle, hoje dirigindo uma instituição coirmã, o BANRISUL,
juntos, precisamos olhar para essa questão, que é fundamental em nosso País
hoje: a necessidade que tem aqueles que produzem, que querem fazer o verdadeiro
desenvolvimento que é crescer e dividir a riqueza desse crescimento. Precisamos
dar amparo, dar sustentabilidade à economia, aos empreendedores, àqueles que,
honestamente, fazem deste País o País que é: que não sonegam, que não fazem
falcatruas, que honram com suas responsabilidades. É para essas mulheres e
esses homens que o Banco, essa instituição, deve olhar.
Tenho certeza, que seus funcionários, que vestem a sua camisa, que seus
principais dirigentes, que têm essa compreensão, estão irmanados conosco nesta
trilha, neste caminho.
Eu quero dizer às senhoras e aos senhores que, muitos dos que estão
aqui que já trabalharam pelo Banco dentro dessa visão, muito ainda terão que
fazer. Os que estão fora, nesta semi-aposentadoria, precisamos da sua volta, ao
lado dos que permanecem dentro do Banco, às vezes, por insegurança, porque,
hoje, vivemos, infelizmente, a insegurança.
Nós precisamos desta chamada “sociedade civil”, esse ente que, muitas
vezes, não se distingue muito bem, mas ela existe. É nela que devemo-nos
espelhar, porque ela sustentou várias instituições e, sem dúvida nenhuma,
sempre sustentará o Banco do Brasil.
Por isso, do fundo do coração, falo aqui, não apenas como proponente
dessa homenagem, mas, principalmente, em nome dos sindicalistas, do Sindicato
dos Bancários da Capital, da Federação, da Confederação e também dos
aposentados, das aposentadas. Tenho certeza, que essa homenagem não é apenas
deste Vereador, mas de todos nós, e tenho a alegria de falar em nome da minha
Bancada, da Bancada do PDT e do PMDB que nos incumbiram dessa função.
Agradecer, também, pelas inúmeras mensagens que vieram de Deputados e
de outras pessoas, que depois passarei para a Federação e o Sindicato, porque
várias pessoas que aqui não se encontram hoje, lembraram-se, dando um retorno à
nossa comunicação.
Nós não estamos sozinhos nessa empreitada. As empreitadas do Banco do
Brasil sempre foram duras e ainda serão muito duras, mas nós temos força e
determinação. Tenho certeza de que as luzes do ano 2000, que a força do próximo
milênio nos revigorará, e nós estaremos juntos nessa caminhada em defesa do
Banco do Brasil, público sempre. Hoje, cento e noventa e um anos; amanhã,
muitos anos mais. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Carlos Nedel
está com a palavra, falará em nome da sua Bancada, o PPB.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: (Saúda os componentes da
Mesa e demais presentes.) Nenhuma organização prestadora de serviços é menos
compreendida e mais criticada do que o banco. Sem lhe conhecer os objetivos e a
finalidade sócio-econômica, sem lhe conhecer a amplitude funcional e o conjunto
de necessidades que determinou sua criação, o homem do povo, leigo por
desinformação, mas usuário por necessidade, critica, ataca, combate e se queixa
sempre da instituição bancária, ora porque teve lucros exagerados, ora porque
deu prejuízo.
Às vezes chama o banco de burocrático e atrasado. Logo a seguir, o
chama de excessivamente eletrônico, eliminador de empregos.
O Banco do Brasil não fica fora dessa visão desfocada que, surpreendentemente,
não se restringe a leigos, mas se estende, inclusive, a muitos profissionais de
comunicação, empresários, políticos, universitários e tanta gente mais.
Mas o Banco do Brasil passa, inclusive, por cima disso.
Não que não tenha dificuldades ou problemas que mereçam análise e
correção. Ao contrário, sempre os teve e, provavelmente, sempre os terá, como
qualquer organização humana que precisa se adaptar às permanentes mudanças da
realidade exterior.
Se transformássemos sua quase bicentenária história em um gráfico sobre
coordenadas cartesianas, é certo que ali veríamos uma linha quebrada, cheia de
altos e baixos, como um eletrocardiograma. Mas haveria uma diferença básica: do
ponto inicial daquele gráfico até o ponto que representa o dia de hoje: a linha
média seria sempre ascendente, demonstrando a evolução positiva que o Banco do
Brasil teve, apesar dos muitos problemas que enfrentou, boa parte deles por
injunções meramente políticas ou por questões macroconjunturais.
Eu poderia, aqui, tentar contar um pouco da história do Banco do
Brasil.
Eu poderia apresentar, aqui, a minha própria versão dos fatos e
acontecimentos que, ao longo de quase duzentos anos, colocaram essa grande
instituição na posição em que se encontra. Mas a história tem o grande defeito
de, ao sabor dos tempos e da flutuação dos interesses, poder ser modificada por
versões nem sempre comprovadas, mas nem por isso menos influentes na formação
da opinião pública. Afinal, há quem acredite que a versão é mais importante que
o fato.
Por isso, prefiro a realidade dos fatos de hoje, calcada em números
indesmentíveis, que demonstram a absoluta necessidade de manter o Banco do
Brasil desempenhando o papel de principal instrumento financeiro da União. Ao
responder por mais de dois terços de todo o crédito investido na agricultura;
ao aplicar um e meio bilhões de reais em mais de 87 mil operações de capital de
giro para micro e pequenas empresas; ao ter uma participação superior a 20% no
mercado brasileiro de câmbio; com sua presença em mais de 2.700 municípios
brasileiros, através de 6.206 postos de atendimento, oferecendo soluções para
todas as necessidades de serviços bancários a mais de 11 milhões de
brasileiros, desde grandes operações de engenharia financeira até o crédito
pessoal; e com seu eficiente quadro de 72000 funcionários, o Banco do Brasil
tem orientado sua atividade na prioridade aos empreendimentos geradores de
emprego e renda, incentivando a multiplicação de pólos de desenvolvimento
regionais e executando com eficácia programas articulados pelas áreas sociais
do Governo Federal, tais como saúde, educação e previdência.
Por isso, o Banco do Brasil, a maior instituição da América Latina, é
merecedor das homenagens que hoje aqui lhe prestamos, por iniciativa e mérito
do Ver. Adeli Sell. Mas o Banco do Brasil é igualmente merecedor também de
nosso apoio e da nossa irrestrita solidariedade, no sentido de que seja mantido
como o principal instrumento financeiro da União.
O Rio Grande do Sul, de modo muito especial, quer o Banco do Brasil a
seu lado, apostando no desenvolvimento, confirmando a parceria histórica até
hoje jamais desfeita.
Parabéns ao Banco do Brasil, à sua direção e ao seu dedicado corpo
funcional, pelos cento e noventa e um anos de afirmação positiva de sua
instituição. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Queremos registrar, neste
momento, a presença do Ver. Clovis Ilgenfritz, a quem convidamos para fazer
parte da Mesa dos trabalhos.
Teremos a apresentação musical dos funcionários aposentados do Banco do
Brasil, integrantes do Grupo de Música Nativa Os Posteiros: Celso Carlucci de
Campos no violão e Doly da Costa no bandônion.
(Apresentação musical.)
O SR. CELSO CARLUCCI DE
CAMPOS: É
com muita satisfação que estamos aqui nos unindo a esta homenagem ao Banco do
Brasil e, como participante, dessa entidade, também recebendo a homenagem. É
muito agradável. Estamos aqui representando dois segmentos da comunidade do
Banco do Brasil: a AABB e os aposentados. Cumprimentamos o Ver. Adeli Sell pela
iniciativa que muito prazer nos deu. A música a seguir, será a nossa homenagem
ao Banco. Músico, quando homenageia, tudo acaba virando só música; funcionário
do Banco, quando homenageia o Banco, acaba se referindo à sua agência, ou às
agências em que trabalhou; funcionário aposentado, acaba se referindo às
lembranças. Como um bom coroa, vão aí as “Lembranças da Centro”.
(Apresentação da música “Lembranças da Centro”)
O SR. PRESIDENTE (Adeli
Sell): Nosso
agradecimento especial ao Celso, ao Odoly, que são merecedores das nossas
palmas, assim como o Banco do Brasil é merecedor, sem dúvida nenhuma, dessas
lindas músicas.
Gostaríamos que os dirigentes da Central Única dos Trabalhadores, do
Sindicato dos Bancários, da Federação dos Bancários, da Associação Atlética
Banco do Brasil e a Associação dos Aposentados se considerassem como extensão
desta Mesa.
Recebemos, com muita satisfação, correspondência de algumas pessoas que
não puderam estar aqui, mas lembraram do Banco do Brasil: Secretário Municipal
do Meio Ambiente, Gerson Almeida; Deputado Federal do PMDB, Vice-Líder do
Governo, Darcísio Perondi; Deputado Federal do PDT e Presidente de seu Partido,
Airton Dipp; Deputado Federal Paulo Paim, do PT. Nossos agradecimentos.
O Sr. Sérgio Rosa, Presidente da Confederação Nacional dos Bancários,
está com a palavra.
O SR. SÉRGIO ROSA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Parabenizo o
Ver. Adeli Sell pela iniciativa do evento, porque hoje, falar sobre o Banco do
Brasil e sobre a importância dos bancos públicos, é uma missão que temos de
aproveitar a cada momento. Este é um momento feliz, porque comemoramos os 191
anos do Banco do Brasil. Parabenizo o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre
por apoiar essa iniciativa, pela convocação e pela presença nessa campanha
nacional em defesa dos bancos públicos e, particularmente, do Banco do Brasil.
Não é fácil falar aqui, num curto espaço de tempo, sobre o assunto que
está-nos reunindo aqui, hoje. Embora todos conheçam o Banco do Brasil, hoje a
permanência do Banco do Brasil não é uma questão tranqüila na sociedade, no
Governo, no Congresso Nacional. Enfim, a possibilidade de que esse banco
comemore muitos e muitos mais aniversários a serviço da sociedade brasileira,
hoje está em questão. E falar da história do Banco do Brasil também não é falar
de uma história linear, é falar de uma história obviamente marcada por
contradições. Nós temos, de um lado, um banco que, enquanto estrutura, vocação
e espírito de funcionários, enquanto uma linha, ao longo do tempo todo, que vem
atuando junto à sociedade, é um Banco excepcional, é um Banco que tem uma
vocação de estar presente em todo o Brasil, é um Banco que tem uma vocação de
estar levando a atividade bancária, a atividade econômica, de estar atendendo e
prestando serviços nos mais remotos municípios do Brasil, é um Banco que está
presente em dois mil e 700 municípios ou mais, sendo que em 800 municípios
deste País ele é o único banco a prestar um serviço para essas comunidades.
Enfim, é um banco cuja vocação, usando as palavras do Dep. Delfim Neto
- e até nos tranqüiliza usar as palavras dele -, ele diz que talvez o Governo
pudesse conhecer mais o Brasil, a economia nacional e o País através das
agências do Banco do Brasil do que através de qualquer outro instrumento de
governo; justamente pela capilaridade, pelo pessoal, pelas funções que
desempenha, pela história e pela trajetória que é ímpar em relação a uma
instituição de governo neste País.
Falar desse Banco nos dá muito orgulho, nos dá muita certeza do que
estamos falando. É um banco que, sem dúvida nenhuma, para todos que passaram
por ele, como foi cantado aqui, deixa saudades na pele da gente; é um banco que
deixa história, é um banco que forma as pessoas que passam por ele, é um banco
que cria essa relação com todos que passam por ele.
Mas eu seria injusto ou, talvez, ingênuo, se desconhecesse também o
outro lado das contradições do Banco, que é um banco também marcado por
episódios ruins, negativos, questionáveis, no mínimo. E, para não ir muito
longe na história, porque o tempo não permite, temos, recentemente, alguns
fatos que desabonam o Banco do Brasil, aos quais, infelizmente, temos que nos
referir, porque são fatos que estão na boca do povo, que são de conhecimento
público, e os quais não podemos desconhecer; fatos como, por exemplo, o Banco
assumir um volume enorme de títulos de prefeituras do País, que colocam,
inclusive, em risco a continuidade do Banco, o patrimônio do Banco; ou
empréstimos malfeitos, como o empréstimo da ENCOL que, evidentemente, também
comprometem a idéia de um banco eficiente, de um banco com uma análise justa e
criteriosa das operações que faz; ou até episódios, não menores, mas mais
localizados como a própria revista Veja
publicou, na semana passada, de um usineiro paulista que conseguiu inúmeros
empréstimos sucessivos no Banco do Brasil e, hoje, se tornou o maior
inadimplente do Banco do Brasil, simbolizando um pouco esse lado, infelizmente
existente no Banco do Brasil.
E, talvez, em função dessas contradições, nós temos uma outra
contradição. O Governo, que nomeia a direção do Banco, que é responsável, em
última instância, por tudo o que acontece no Banco do Brasil ou, pelo menos,
pelas principais operações que o Banco executa, se utiliza dessa situação,
construída no Banco do Brasil - e não precisaria ser assim a história - para
questionar a continuidade do Banco do Brasil, como vem questionando a
continuidade de todos os bancos públicos no País. Infelizmente, esse não é um
privilégio do Banco do Brasil, não é uma perseguição específica. O Governo vem
fazendo questão de construir uma imagem de que os bancos públicos são um mal
para a sociedade, são um saco sem fundo, uma fonte de déficit público e que,
portanto, devem ser destruídos, devem ser eliminados, devem ser liqüidados,
devem ser privatizados, para dar lugar a um sistema financeiro privado, que
seria mais eficiente, mais transparente, menos oneroso para a sociedade como um
todo.
E não tenhamos dúvida de que o Governo está seguindo esse projeto, assim
como já privatizou e liqüidou inúmeros bancos estaduais, este ano iniciou um
processo com a contratação de uma consultoria privada no sentido de reavaliar
as funções do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Banco do
Nordeste, do Banco da Amazônia e do próprio Banco BNDS. O nome dessa
consultoria deve sair nestes próximos dias e esta consultoria, vejam só, vai
ter a missão de dizer como esses bancos devem operar, como eles devem cumprir a
sua missão. O que seria uma tarefa da sociedade, do Governo, até do Congresso
Nacional ou das pessoas, como um todo, neste País, foi uma tarefa transferida
para uma consultoria privada que vai ter a missão de formatar a nova realidade
dos bancos públicos. Em função, até, dessa iniciativa, dessa nova onda de ataque,
digamos assim, aos bancos públicos, é que nós iniciamos, neste ano, a
constituição de um movimento nacional em defesa dos bancos públicos, reunindo
os companheiros de todos os bancos. Temos feito inúmeras atividades, inclusive
ingresso de iniciativas legislativas no Congresso Nacional, tentando preservar
os bancos públicos e, mais do que isso, fazendo debates com a sociedade. Nós
tivemos a chance de lançar, em São Paulo, esta cartilha, que relata um pouco da
missão dos bancos públicos. Temos certeza de que uma das questões fundamentais
nesse processo de defesa dos bancos públicos é transformá-los, efetivamente, em
bancos públicos. Esse é um debate importante que nós procuramos abrir. Hoje,
não basta que os bancos sejam estatais, isto é necessário, mas, para nós, é
importante, também, que a sociedade tenha crescente controle e interferência na
gestão desses bancos. Que haja mais transparência, que haja mais clareza na
definição de metas, para que nós possamos ter mais segurança de que os
episódios ruins, que são inevitáveis e, sem dúvida nenhuma, vão continuar
acontecendo, aconteçam em medida cada vez menor. E que cada vez mais o Banco
possa assumir a sua missão, que é dar crédito para a agricultura, para o
pequeno e médio produtor, para os municípios brasileiros, de poder levar o
serviço para os municípios cada vez mais pobres, integrando esses municípios na
economia nacional. É essa a vocação do Banco do Brasil que precisamos reforçar.
Tenho certeza de que vamos trabalhar muito por isso, porque as contradições
estão aí, a imprensa está aí, os interesses do capital financeiro internacional
estão aí querendo abocanhar o mercado. O Banco do Brasil é líder em inúmeros
segmentos do mercado. É líder em depósito, é líder em diversas operações. Tem
especialização, capacidade e eficiência, e, evidentemente, isso é um segmento
do mercado financeiro que quer ser abocanhado pelo setor privado nacional e
internacional.
Por último, não poderia deixar de registrar a questão do funcionalismo
do Banco do Brasil. Queria, pedindo respeito a todos, homenagear, na figura do
companheiro José Fortunati, o funcionalismo do Banco do Brasil. Não só o
companheiro José Fortunati, mas também o Zéca do PT, que hoje governa o Estado
do Mato Grosso do Sul, e inúmeros outros que poderíamos citar, funcionários do
Banco do Brasil, aprenderam no Banco o exercício da função pública, aprenderam
no Banco a dedicar o melhor do seu talento, o melhor do seu trabalho ao
exercício da função pública, ao contrário de muitos outros que aprendem a ganhar
dinheiro, a se profissionalizar, a se especializar. O Banco do Brasil pode ser
considerado o verdadeiro celeiro de talentos de homens públicos, de pessoas que
aprendem, no dia-a-dia das agências, a se formar nesse sentido. Sentimo-nos
honrados e muito satisfeitos em ver companheiros como o José Fortunati, que
esteve conosco na lida sindical durante tanto tempo, alcançar a Prefeitura,
estar aqui junto a uma gestão do Executivo Municipal; companheiros alcançando o
Governo do Estado e companheiros se espalhando em várias funções por aí, dando
um pouco daquilo que aprenderam no Banco do Brasil para a sociedade como um
todo.
Fazendo este registro, nesta homenagem, também queremos fazer o
registro do quanto o Banco do Brasil vem sofrendo ataques ao seu funcionalismo.
Assim como o Governo quer acabar com o Banco do Brasil, talvez tenha decidido
iniciar pelo funcionalismo. Hoje, infelizmente, a gestão de recursos humanos do
Banco do Brasil tem representado um grande tormento para o seu quadro de
funcionários. São vários cortes, vários ataques, são inúmeras dificuldades que
se colocam, de maneira que, junto com as lembranças boas, que, evidentemente, a
passagem pelo Banco do Brasil nos deixa, hoje, infelizmente, muitos estão
levando para casa lembranças ruins por não terem o seu trabalho reconhecido ou
por terem o seu trabalho tolhido, justamente, pelas dificuldades internas, pelo
excesso de trabalho, pela falta de reajuste salarial e tudo o mais.
Evidentemente que não quero transformar este momento numa sessão corporativa,
mas acho que uma instituição que começa a desprezar o seu corpo funcional, a
sua gente, é um péssimo indicador do que pensa em relação à gente que está lá
fora. E se a gente quer falar em gente, se a gente quer um Banco do Brasil
voltado para a gente brasileira, para o povo brasileiro, nós temos que falar da
nossa gente dentro do Banco, e homenagear todos juntos. E mais do que
homenagear, é a certeza de continuar nessa luta, porque é só essa luta que irá
resgatar o Banco do Brasil para haver muitos e muitos outros anos como este.
Parabéns a todos vocês. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Queremos agradecer,
sobremaneira, ao Chefe da Polícia do nosso Estado, Delegado Luiz Fernando
Tubino, que não podendo estar presente, enviou-nos um fax, reportando-se a esta
homenagem.
Agora, temos a grande honra de ouvir a palavra do Superintendente
Estadual do Banco do Brasil, Sr. Eduardo Burgos.
O SR. EDUARDO BURGOS: Estava sentado à Mesa e percebi que vocês têm, ali, um aparato eletrônico
onde há: SIM, NÃO e um amarelinho que diz ABSTENÇÃO. No fundo, eu gostaria de
estar apertando este botão da abstenção, por que muita coisa aconteceu nesta
solenidade que toca quem faz Banco do Brasil, quem toca Banco do Brasil. Ver.
Adeli Sell, mentor desta homenagem, presidindo os trabalhos; Sr. João Verle,
parceiro João Verle, representando o Governador do Estado; colega José
Fortunati, representando aqui o Sr. Prefeito Municipal; Deputado Estadual Edson
Portilho; Secretário Clovis Ilgenfritz; Professor Nilton Rodrigues Paim, aqui
representando a grande parceira do Banco do Brasil, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul; Coronel Irani Siqueira, representando o Comando Militar do Sul -
militar e bancário tem muita coisa a ver, compartilhávamos de momentos vividos
em Roraima há tempos atrás -; Presidente da Confederação Nacional dos
Bancários, Sr. Sérgio Rosa, amigo Éric e colega Mário Chavasco Rossini, em nome
de quem saúdo o Movimento Sindical, aqui presente; Chavinsque e Zé Beto, e o
pelegrino Capelari, em nome de quem saúdo os colegas da ativa que aqui se fazem
presentes; Luiz Lemos, instrutor dos meus passos iniciais no Banco e, com
certeza, o monitor da carreira que hoje me traz aqui; Celso Carlucci em nome de
quem saúdo os colegas aposentados; Hideraldo da BB, Senhores Edis, Senhoras e
Senhores.
O discurso do Ver. Adeli Sell, falou em banco seguindo os rumos que os
governos lhes dão. Eu poderia navegar por aí, pensava eu, enquanto arquitetava,
nesse momento. Poderia, quem sabe, navegar por uma parte da oratória do Ver.
João Carlos, quando falava em critica especializada e me lembrava de como dói,
quando comparam em termos de produtividade, em termos de rentabilidade com
bancos particulares que não fazem uma vírgula do que a gente faz. Poderia, quem
sabe, dar uma versão oficial do Banco, embora, o Banco já tenha-se manifestado
oficialmente, mas poderia dar uma versão oficial sobre a ENCOL, sobre as
questões do títulos, Prefeitura, matéria da Veja. Mas eu estou preferindo
transformar esse momento em uma coisa que tenho percebido no seio do
funcionalismo. Se por um lado, a tormenta se aproxima e essa tormenta é algum
iluminado entender que essa nossa Nação pode viver sem um Banco público do
porte do Banco do Brasil. Se, por um lado a gente tem isso, por outro lado, eu
lhes garanto que há uma reação em sentido contrário e muito forte. Essa reação
que é do movimento Sindical que está enxergando os problemas, que é da própria
sociedade a partir do momento em que a municipalidade nos permite esse momento,
nos honra com esse momento de lembrar os Cento e Noventa e Um Anos do Banco. Eu
gostaria de externar aos senhores e a platéia aqui presente que nós, ordeiros
que somos, nós que fazemos o Banco do Brasil, nós funcionários do Banco do
Brasil, ordeiros e respeitadores das nossas obrigações, nós estamos fazendo um
movimento, sim, em contrário a essa ameaça.
Nós entendemos que o Banco tem que permanecer público, mas, o que
fazer, internamente, para tornar com que esse movimento não tenha rumo natural.
Eu, se me permitem estender um pouquinho, gostaria de dizer-lhes, nesse
momento, que há quatro coisas que motivam uma venda. Regularmente, quem tem
determinada posse, ele usa de quatro questões para levar adiante uma venda.
A primeira coisa que alguém se pergunta quando possui alguma coisa e
eventualmente, pensa em vender, é o que eu tenho é estratégico? Qualquer
governante deste País, em plena faculdade mental, ele só tem uma resposta a
essa pergunta quando se refere ao Banco do Brasil. O Banco do Brasil é
estratégico, sim. O Banco do Brasil é estratégico quando ele leva crédito ao
pequeno produtor, quando ele interioriza, quando ele mantém o homem no campo,
quando ele faz tantas coisas, até quando ele faz um BB-Educar, que nós já
estamos atingindo índices muito próximos de alguns programas oficiais em sendo
o BB-Educar um programa não-oficial. É estratégico, sim. Então, a primeira
pergunta, se algum governante quiser vender o Banco do Brasil, ele só vende se
ele desrespeitar, o que é natural, o que é normal.
A segunda pergunta que se faz: Esse bem que eu possuo, essa instituição
é competitiva? Eu sou suspeito para falar, mas eu gostaria de citar alguns
números. Inventaram de fazer nós entrarmos no mercado de previdência, em três
anos de labuta, nós já somos vice-líder de mercado em previdência privada.
Entenderam que o Banco do Brasil, além de fazer o que faz deveria vender
títulos de capitalização. Passaram-se três anos, senhores, e somos líder
absoluto no mercado brasileiro, em título de capitalização. E, por aí, tantas
outras coisas que me levam a entender que qualquer pessoa de sã consciência que
se faça a pergunta: este bem que possuo e que quero vender é competitivo? A
reposta eu acho que seria, com certeza, sim.
A terceira pergunta eu vou pular e ir para a quarta e última pergunta.
É a pergunta que alguém se faz quando possui alguma coisa: preciso de dinheiro?
Então, a essas alturas, eu acho que estamos dois a um, porque somos
competitivos, não há por que vender, mas o Tesouro precisa de dinheiro e,
talvez, venda. Mas existe uma terceira pergunta: isso que eu possuo é rentável.
Dá-me lucro ou prejuízo?
É por ai, senhores, que tenho percebido uma vontade, uma energia muito
grande de nós, que fazemos e que estamos na ativa, uma responsabilidade muito
grande com a Nação e com aqueles que estão aposentados. É por aí que estamos
tentando elevar a nossa posição, porque todos os nossos dias e todos os nossos
minutos é numa luta e num afã de tornar o Banco rentável, porque, rentável,
competitivo e estratégico, é uma forma que nós, que estamos na ativa, nos
aliarmos às Câmaras, às Assembléias e, quem sabe, ao Senado, para evitar que se
faça uma heresia com esta Nação, qual seja: tornar esse Banco, que nós, que
trabalhamos nele, tanto aprendemos a gostar, torná-lo privado.
Fico muito lisonjeado de ter essa oportunidade de representar quatro
mil e 700 funcionários do Rio Grande do Sul e, nesse momento, receber essa
homenagem da Câmara, lembrando essa centenária instituição, que, com certeza,
haja o que houver, vai continuar sendo, senhores, pública, e fazendo o melhor
possível para o nosso País. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Depois de tão importantes
palavras do Sr. Sérgio Rosa e do Sr. Eduardo Burgos, nós continuaremos essa
homenagem ao nosso Banco do Brasil com a apresentação do Grupo de Cultura
Gaúcha Rancho Posteiro, da Associação Atlética Banco do Brasil.
(O Grupo se apresenta.)
Muito agradecido ao Grupo de Cultura Gaúcha Rancho Posteiro, da AABB.
Nós não poderíamos finalizar esta homenagem sem antes dizer ao Sérgio
que, talvez, possamos ter muitas diferenças com o Delfim Neto, mas para
conhecer o Brasil e o Rio Grande tem que conhecer o Banco do Brasil.
Nós queremos, de um modo especial, agradecer a todos que conosco
compartilharam desta homenagem.
Eu creio que aqui fizemos mais do que uma homenagem, estamos aqui
marcando presença, mais uma vez, dentro de tantos eventos que têm sido
realizados em defesa dos bancos públicos. Creio que posso falar isso, Eduardo,
porque esta Câmara sempre se pronunciou, por unanimidade. O Ver. Clovis
Ilgenfritz e o Ver. João Verle são testemunhas, antes, inclusive, de eu
participar desta Legislatura, sempre houve uma postura no sentido de defesa do
patrimônio público.
Portanto, agradecemos as suas presenças, Vereador e, hoje, Secretário
Clovis Ilgenfritz; Deputado Edson Portilho, que tenho certeza de que, na
Assembléia, fará todo o esforço também nessa mesma trilha; e o nosso permanente
colaborador com a sua presença aqui, Coronel Irani Siqueira; João Verle, que agora
tem uma grande responsabilidade de dirigir uma grande instituição coirmã do
Banco do Brasil, no caso, o Banrisul.
Eduardo Burgos, esta Câmara estará com a Superintendência, a Direção do
Banco, da mesma forma, Prof. Milton Paim, que dirige, junto com a Profª. Wrana,
uma instituição importante, pública, que também merece o nosso apoio e reforço.
E a você, Sérgio Rosa, quero cumprimentá-lo pelos aguerridos
funcionários e funcionárias do Banco do Brasil e a todos que compareceram, o
nosso agradecimento especial. Não podia deixar de dizer que, fundamentalmente,
às mulheres do Banco do Brasil que, sem dúvida nenhuma, deve ter sido uma das
primeiras instituições onde elas tiveram o seu espaço. Que isso continue sempre
mais.
(É executado o Hino Rio-Grandense.)
Estão encerrados os trabalhos.
(Encerra-se a Sessão às 21h.)
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